segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Weekend/Weekstart

Durante os fins de semana não tenho acesso à net, por isso hoje actualizo o sucedido no fim de semana. Bom, deixem-me que cvos diga que fui a duas sessões de cinema. Vi "O Passado", com esse grande actor que é o Gael Garcia Bernal, e "Tropas de Elite", sem dúvida o filme mais falado este ano aqui no Brasil, embora interpretado de forma bem diferente da interpretação de pessoas de outros pontos do mundo - aliás, fiquei bastante chocada, enquanto aqui o pessoal se diverte e as crianças já utilizam expressões do filme no dia a dia e já rodam filmes no YouTube imitando as cenas mais dramáticas de forma supostamente cómica.
Entretanto, perdi os concertos de Björk e Arctic Monkeys. Era caríssimo e não há dinheiro que aguente. Acabei finalmente de ler a Conspiração, do Dan Brown, e confesso que não fiquei fascinada. Dan Brown não me convenceu!
E tive umas 24horas daquelas:
Estava alegremente a sair do banho. Tinha que passar pelo hall, descer as escadas e percorrer o corredor até chegar ao quarto. Quando abri a porta do quarto de banho, vi um pássaro feio no chão. A minha fobia a estes animais descontrola-me, pelo que regressei para dentro da divisão do banho e fechei a porta bem fechadinha. Não havia ninguém por perto. Tive que tomar uma atitude e enfrentar este medo. Abri novamente a porta, dei um passo, e o pássaro começou a voar incontrolavelmente. Voltei, assustada, para dentro da casa de banho. Repeti a acção corajosa, convencida de que era desta. Mas não, o pássaro assustava-se comigo e começava a voar. Por conseguinte, eu assustava-me com ele e regressava ao sítio de onde tinha saído. Isto repetiu-de uma série vezes, alguns gritinhos meus de vez em quando. Ainda tentei chegar só ao corrimão para chamar alguém que eventualmente estivesse no andar de baixo, mas nem isso conseguia. Uma hora depois, chegou a Dona Alice, a recepcionista. Com a porta entreaberta, emiti um "oi" estranho e ela percebeu logo que eu estava com medo e encaminhou o pássaro para outro compartimento. Imaginem só o quão assutada eu estava, que me escorreu uma lágrima, tão agradecida que estava à Dona Alice. Ridículo! Pior que uma criancinha de 3 anos... Um dia hei-de consegui enfrentar este medo.
O dia passou, sem mais percalços. Mas quando regressei à residência e tentei abrir a porta do meu quarto, não consegui. Uma senhora que estava a ver TV no hall foi ajudar-me a tentar destrancar a porta, mas os esforços dela também não se revelaram eficazes. Por sorte, o meu quarto é no rés-do-chão e, por sorte, a janela não estava trancada. Saltei a janela e fiz, novamente, figuras ridículas para entrar e sair don quarto, visto que a porta não mais abriu naquela noite. Mas o dia ainda não tinha terminado e, de noite, virei-me (ando a movimentar-me muito durante a noite, já não sou a pedra que era antes). Essa viragem provocou a queda de uma tábua da cama. Nunca pensei que o meu peso fosse assim tãããão exagerado. Dormi muito bem, como podem imaginar, com a cama partida ao meio, tanto que, quando acordei, já eram 3 tábuas as quie estavam partidas.
A Dona Alice, mais uma vez, resolveu estes problemas mal eu lhe falei deles. Abriu a porta à terceira tentativa e imediatamente pediu a um carpinteiro que me compusesse aquilo. Quanto à cama, faltava uma peça e daí estar mais insegura. A Dona Alicinha compôs logo tudo.
Depois disto, saí de casa. A temperatura estava muito alta e, suponho que por isso, ia desmaiando em pleno autocarro. Nunca desmaiei na vida, mas senti mesmo que ia desmaiar. Tontura, enjoo e palidez invadiram-me. Uma senhora que ia ao meu lado apercebeu-se quando eu me virei para ela e, com dificuldade, pronunciei um "Tem água? Estou me sentindo mal!". Ela obrigou um senhor a levantar-se para eu me sentar, obrigou-me a encostar a cabeça aos joelhos, respirar fundo e a ir comer um salgadinho quando chegasse ao destino... Melhorei. E depois compreendi que ela era profissional de saúde e por isso teve uma atitude tão rápida. Sim, ela contou-me a vida toda.
Eu sei que estas histórias foram deveras interessantes. Desculpem, mas este blog é mesmo para contar a minha vida por cá. Quase tipo diário de criança de 8 anos. Ah! E cortei o cabelo. Num acesso de loucura... Andava a odiar o meu cabelo. Estava uma tesoura na mesa de cabeceira. Ela estava a chamar-me! Está muito curto... Não dá para atar. Mas aqui na redacção já me disseram que está óptimo!! Que pareço uma adolescente! (ao que eu respondi que ainda sou uma adolescente... mas depois de o dizer percebi que não... e isso é uma constatação que me deixa muito triste.)

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu ter medo de cães não é normal...mas tu teres medo de passaros ja deve ser...